Oi meninas, hoje eu
fui na roca onde eu morei durante um ano, cheguei me deparei com o pé de
jabuticaba carregado, claro que eu já esperava por isso, afinal e minha fruta
preferida.
Não perdi tempo fui
direto para o pé, enchi um balde e comi muitas la mesmo, quem já morou na roca sabe que e mais
gostoso comer a fruta sem lavar, la no pé mesmo. Durante o tempo que fiquei la
em cima fui tendo varias recordações de uma infância perfeita que tive ali, não
faz tanto tempo, na época tinha 9 anos, aquele lugar era perfeito, brincar de
esconde esconde ali era muito bom era um terreno grande com três casas tudo em
família morava minha bisa meu tio tia primas, minha bisa bem velhinha, era um doce
de vo.
Dois pês de jambo dois
de jabuticaba, três de manga, um de jamelão, cana, muita goiaba, e uma nascente
de agua clara e limpa garantiam minha diversão, eu adorava tomar banho de balde
com agua da nascente, juntamente com minha prima e irmã.
Vivia nos pês de
goiaba, me balançando e me pendurando nos galhos, me arriscando para pegar
aquela goiaba mais bonita, e quando eu ia come-la... Adivinha?! Estava bichada,
rsrs. Ser "vitima" de lagarta fogo era rotina.
Minha tia fazia cada
bolo, cada doce com coisas do quintal mesmo, nossa como eu gostava das coisas
que minha tia fazia para o café, minha mãe logo aprendeu a fazer tudo isso,
pois la não havia padaria.
Vocês devem estar se
perguntando no porque que eu fui morar
la neh?!
Bem, meu pai trabalhava
em uma firma que mexia com peixe, la ate preso anoite na câmara de gelo meu pai
ficou, com tudo ligado, cansado de la
papai quis trabalhar la na roca mexendo com granito nas serrarias ele
ficava na casa da minha prima um pouco depois do lugar que eu morei, minha casa
estava ocupada com o meu tio, papai trabalhava em escala, começou trabalhando a
semana toda ele ligava todo dia pra nos anoite, vinha nos finais de semana
enquanto isso nos ficávamos em Itaipava ( eu, minha irmã e mamãe), com isso se
passou um ano, em uma certa semana papai não pode vir no final de semana, e não
ligou muito eu não consegui dormi só queria meu pai, quando cochilava começava
a chamar papai, então mamãe não teve escolha fomos morar la, meu tio desocupou
a casa.
Quando começaram as
aulas foi difícil no começo, eu tinha que acorda 5:40 via o sol nascer, la no
verão de manha e o inverno na cidade, o transporte era uma combi, muito
apertada, antes de mim já ficava gente em pé, eu nuca sentei, era uma das
menores de la, me sentia uma sardinha na lata, a escola era boa, todo mundo
simples, no inverno eu tinha que colocar o uniforme de baixo do travesseiro
para de manha ele não estar congelado, era tenso no inverno, era muito frio, eu
congelava, mais tinha que ir. Quando dava tempestade eu chorava as trovoadas
parecia uma pedra enorme rolando nos morros, ou um dinossauro gigante correndo,
os raios eram sinistros.
Finais de semana eu
era a primeira a acordar ficava rodando o quintal, acordava com o galo cantando
bem cedinho, via as rolinhas indo ciscar pela primeira vez no dia, ouvia todos
os pássaros cantando, via a família de anum preto nas arvores sempre em grupo,
ligava a bomba para encher a caixa com agua da cacimba (nascente) e esperava
mamãe chamar para ir limpar a casa, depois via meu pai caçando perea rolinhas
com a cadela, ia pescar no brejo que passava ali mesmo com aguas da nascente,
pegava cigarras para brincar, sentia o vento fresquinho e puro, meus cabelos
brilhavam muito, não importava o shampoo ele estava sempre brilhando, aquela
agua deixava-os macios.
Meu pai foi aprendendo
tudo muito rápido na firma começou a fazer vasos lindos para orquídeas e
plantas em casa com restos de granito, ele era polidor, começou trabalhar noite
sim noite não e fica em casa durante o dia, ele gostava muito de roca, foi
criado no mato, por gostar disso pegou também uma roca a meia, começou a
trabalhar em dois serviços, mamãe trabalhava a tarde como professora, eu mamãe
e minha irmã tivemos que voltar para Itaipava, nos iamos la todo final de semana
e voltávamos segunda de madrugada, eu vinha de la e ia direto para escola, hoje
mamãe trabalha em dois horários e em dois municípios, no natal o patrão de
papai mandou a metade da firma embora, mandou os mais antigos porque iam pegar
um tempo de casa, afinal eram quase 3 anos de serviço la, papai entrou em outra
firma mais não queria ficar, la era muito diferente do que papai tinha
aprendido, o acabamento era de qualquer jeito, ai papai saiu, comprou um
terreno com 4 lotes, construí um galpão para trabalhar e uma casa pois quando
voltamos ficamos morando de aluguel, hoje papai tem um negocio próprio, usou
tudo que aprendeu, ele continua no ramo de granitos e mármores, ele mexe com
acabamentos, faz soleiras, pias etc.
Só sei que foi o
melhor ano da minha vida, sabe, eu podia me vestir como queria, brincar na rua,
subi morro, morava numa casinha simples, mamãe fazia uma comida gostosa e
natural, só quem já morou na roca ou criou galinha em casa a base de milho e de
horta sabe que e muito mais gostosa que as compradas congeladas, la tinha de
tudo, em fim tinha mais liberdade, a vida la era melhor sem correria.
Como eu queria voltar
aos 9 anos.
4 comentários:
Quando somos crianças as lembranças são boas né? *-*
As vezes também quero voltar correndo pra lá !
Beijos mil
http://elascomentamblog.blogspot.com.br
Olá, tudo bem?
Passando aqui para te agradecer pela sua visitinha em meu blog
e dizer que já estou te seguindo. Me retribui? Passarei sempre aqui para ver suas postagens e seus textos.
Em falando nisso, gostei bastante do que vc escreveu, porque as vezes sinto bastante saudade da minha infancia, quando n tinhamos preocupação com nada e brincavamos sem ter que ficar tendo hora para tudo. Eu sinceramente adorava, principalmente as minhas paquerinhas (risos)
Enfim...Tenho boas lembranças pra falar a verdade.
Espero poder ler mais textos assim, porque gosto bastante =]
Seja sempre bem vinda ao I LOVE MY BOOKS
Se cuida linda
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É bom neh?! Vou retribuir sim
Né? rs
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